segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Radarmaníacos




Se tem uma coisa que não me canso, é de ouvir música. Trabalho seis horas com fones de ouvido, editando áudios e monitorando notícias, mas ao sair de lá, é de lei, recolocar os fones e ligar o celular, que tem rádios cativas salvas e como se não bastasse, um cartão de memória de 8gb com mais de 1000 músicas.

Mas foi justamente no ambiente de trabalho que descobri algo que vai além da boa e velha música, numa manhã estava eu apurando as notícias culturais do programa Galeria da Rádio Cultura Brasil AM, quando em um intervalo anunciaram que às 15h daquele mesmo dia, no programa Radar, haveria uma entrevista com Lenine. 

Na hora fiquei empolgadíssima, afinal a tarde ainda estaria na empresa e poderia passar o tempo ouvindo ótimas histórias com o sotaque que só Lenine tem. Para não esquecer o horário, coloquei um alerta no celular e pontualmente me conectei a rádio. E qual não foi minha surpresa quando descobri que além de ouvir um dos meus ídolos, eu podia vê-lo na câmera posta dentro do estúdio e ainda por cima fazer perguntas e discutir outros assuntos com toda uma turma de ouvintes conectados no chat da rádio.

Naquela tarde o chat ferveu, tamanha era a excitação dos fãs em querer fazer perguntas ao carismático Lenine, passada a euforia e terminada a entrevista desconectei e voltei ao trabalho.

Por um período acabei esquecendo o tal programa Radar, até que, num outro dia, buscando informações no site, vi que naquela tarde haveria entrevista com Hyldon, famoso por “Na rua, na chuva, na fazenda (Casinha de Sapê)”. Mais uma vez me vi colocando alerta no celular e me conectando ao programa que, a partir dali, viria para mudar a minha vida. 

O chat não estava tão cheio como da primeira vez, era sexta-feira e as pessoas além de perguntas a Hyldon podiam pedir música, e claro, bater papo. Em pouco tempo estava totalmente inteirada aos internautas, e para a minha surpresa, também a âncora Teca, que respondia as minhas perguntas e tocou a música que eu pedi.

De lá pra cá não preciso mais de alerta no celular, automaticamente já me conecto a rádio assim que o Radar começa e cumprimento todos meus amigos radarmaníacos, Teca, Claudia, Roberta (miss Ribeirão), Flávio, Robson (lá de Mato Grosso do Sul), Ana, Elis, Lene, Totiy, Eduardo Baptistão, (ele mesmo, o caricaturista do Estadão) e tantos outros que vira e mexe aparecem por lá.

E por que o programa mudou minha vida? Porque ele foi o principal responsável pela existência desse blog, primeiro porque a música é seu principal instrumento, e eu me vi mais antenada do que nunca a ela, principalmente quando me peguei cheia de ideias para criar as Playlists que o espaço disponibiliza e que com grande número de votos pode ir ao ar. Depois, porque numa conversa com meus novos amigos, falei do meu prazer pela escrita e fui mais do que incentivada por todos eles a divulgar as minhas criações.

Pois foi isso, numa junção de “fome com vontade de comer” e tendo como empurrão um programa inovador e porque não transformador, e ainda por cima, de uma mídia que sou apaixonada, o rádio, virei não só uma nova blogueira, mas principalmente uma nova e eterna radarmaníaca.


 

4 comentários:

  1. Olá Tita,
    a cada nova mudança no RadarCultura, como a introdução da camera no estúdio, da postagem no twitter, cria-se uma nova possibilidade de agregar pessoas e de discussões sobre o mesmo interesse, no caso a música. O Alceu, dedicado produtor do programa me passou o link para o blog e acabo de ler o seu texto. Gostei muito de saber que podemos facilitar esta troca através de um programa da Rádio. Aliás, é tudo que um programa de Rádio tem como pretensão "na vida": participar do dia de seus ouvintes. O RadarCultura nasceu de "parto prematuro" (meio às pressas, de surpresa). A Teca foi uma das primeiras pessoas a abraçar a causa da proposta do programa, mesmo com todas as afinações pelas quais ele passou. Participei da criação deste formato com as playlists, e ele foi crescendo e se transformando com a perseverança de todos os envolvidos, principalmente os internautas que participam com sugestões e discussões sobre música popular brasileira. O RadarCultura é um dos caminhos da interação do radio com os ouvintes nos dias de hoje. E, como diz o anúncio do Banco Santander: "isto é junto". Um abraço Tita. Lia Machado Alvim (Radio Cultura Brasil)

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  2. Leticia, muito legal a sua iniciativa de fazer este blog, e a maneira como fala de seus gostos musicais e reminiscências. Espero que ele tenha vida longa. E, assim como você, me tornei um viciado no Radar. Muito legal conviver, ainda que virtualmente, com todos vocês. Beijo. Edu

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  3. Putz! Lê, que legal ! Eternizar nossa relação Radarmaníaca é 10 !
    Beijo de Bodoquena / Mato Grosso do Sul

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  4. Legal, Letícia... todos nós nos identificamos com tudo que você escreveu, pois o radar faz parte das nossas tardes, deixando o nosso trabalho um pouco mais "leve".
    Sem contar o contato com pessoas como você, que compartilham do mesmo gosto musical.
    Beijão e continue que está super legal seu blog.

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