domingo, 30 de janeiro de 2011

Movendo multidões!



Como muita gente sabe, Titãs é uma famosa banda iniciada nos anos 80 que em sua formação original contava com nove integrantes, sendo eles: Sérgio Britto, Arnaldo Antunes, Paulo Miklos, Marcelo Fromer, Nando Reis, Ciro Pessoa, que se desligou da banda antes do lançamento do primeiro álbum em 84, Tony Bellotto, Branco Mello e André Jung, que foi substituído em 1985 por Charles Gavin.   

A estreia oficial da banda conhecida na época como Titãs do Iê Iê, que começou com uma brincadeira de amigos de colégio, foi em outubro de 1982, no Sesc Pompeia em São Paulo.

De lá pra cá com repertório que sempre misturou influências da MPB ao rock, passando pelo samba, reggae e new wave, muitos discos foram lançados, sucessos emplacados e a banda que começou com nove, sendo seis vocalistas, hoje se mantém com apenas quatro integrantes da primeira formação. Nando e Arnaldo partiram para carreira solo, Fromer partiu há 10 anos vítima de um atropelamento e Gavin anunciou sua saída, por motivos pessoais, em fevereiro do ano passado. 

E mesmo com todas essas mudanças, quase trinta anos depois a banda que já foi amada e odiada, pois muitos de seus fiéis seguidores não aceitaram tão bem o lançamento dos álbuns “Acústicos MTV 1 e 2” lançados em 97 e 98, que além de músicas antigas que ganharam arranjos novos, trazia algumas inéditas, (pois segundo eles as regravações fugiram muito do original), a banda continua a mover multidões, com fãs das antigas e muitos da nova geração, àqueles que como por ironia passaram a conhecer e curtir a banda justamente após os lançamentos dos acústicos.

O fato é que os quatro Titãs: Branco Mello, Tony Beloto, Paulo Miklos e Sérgio Brito, não esquecendo é claro de Mario Fabre, baterista que entrou no lugar de Gavin, continuam num invejável ritmo, mostrando que o tempo transforma, mas também mantém, quando a vontade de continuar é maior que qualquer barreira já enfrentada. 

Apresentação no Sesc Interlagos em 25 de janeiro de 2011



 
 

 





Homem Primata

Titãs

Desde os primórdios
Até hoje em dia
O homem ainda faz
O que o macaco fazia
Eu não trabalhava
Eu não sabia
Que o homem criava
E também destruía...

Homem Primata
Capitalismo Selvagem
Oh! Oh! Oh!...(2x)

Eu aprendi
A vida é um jogo
Cada um por si
E Deus contra todos
Você vai morrer
E não vai pr'o céu
É bom aprender
A vida é cruel...

Homem Primata
Capitalismo Selvagem
Oh! Oh! Oh!...(2x)

Eu me perdi
Na selva de pedra
Eu me perdi
Eu me perdi...

"I'm a cave man
A young man
I fight with my hands
(With my hands)
I am a jungle man
A monkey man
Concrete jungle!
Concrete jungle!"

Desde os primórdios
Até hoje em dia
O homem ainda faz
O que o macaco fazia
Eu não trabalhava
Eu não sabia
Que o homem criava
E também destruía...

Homem Primata
Capitalismo Selvagem
Oh! Oh! Oh!...(2x)

Eu aprendi
A vida é um jogo
Cada um por si
E Deus contra todos
Você vai morrer
E não vai pr'o céu
É bom aprender
A vida é cruel...

Homem Primata
Capitalismo Selvagem
Oh! Oh! Oh!...(2x)

Eu me perdi
Na selva de pedra
Eu me perdi
Eu me perdi
Eu me perdi
Eu me perdi...


Fontes: Titãs - Site Oficial, letras.terra

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Canta Cauby!

 
E eis que surge no hall do teatro do Sesc Belenzinho, onde senhoras de cabelos grisalhos ou muitas vezes tingidos, com seus longos vestidos, algumas acompanhadas por seus maridos elegantes, esperam ansiosamente pela apresentação de um ídolo de tantos anos, um Cauby amparado por dois jovens. Embora suas pernas já não o obedeçam mais como antes, sua passagem por ali é tão rápida  que eu só pude ouvir um "olha ele aí", e enquanto virava para vê-lo, lentamente, ele já havia passado.






Surpresa, entrei em seguida no teatro, e ao me colocar em meu lugar, mais uma vez fiquei a observar àquele público tão especial que aguardava a abertura das cortinas. A grande maioria certamente acompanha a carreira do inigualável Cauby Peixoto desde que esse iniciou carreira, ainda na década de 40. Sim Cauby, com toda sua excentricidade e elegância completa em fevereiro 80 anos.


 



 
E quando ele surge no palco, sentado em uma poltrona, com seu terno brilhante, sapatos de verniz, a famosa peruca encaracolada e se põe a cantar as obras de Frank Sinatra, é que é possível entender que para a música o tempo não passa.



Simpático, se diz encantado com o teatro, recém inaugurado, e o tempo todo interage com os músicos, que ele chama carinhosamente de "meus meninos".

E é assim que mais uma vez me encanto com o poder da determinação e da vontade de seguir àquilo que se propõe a fazer, e é certo dizer que enquanto houver voz, Cauby não se calará... Seu próximo projeto? "Caubeatles", como ele mesmo disse. Só nos resta esperar...




My Way

Frank Sinatra

Composição: Claude François / Jacques Revaux / Paul Anka
 
And now the end is near
And so I face the final curtain
My friend, I'll say it clear
I'll state my case of which I'm certain

I've lived a life that's full
I traveled each and every highway
And more, much more than this
I did it my way

Regrets, I've had a few
But then again, too few to mention
I did what I had to do
And saw it through without exemption

I've planned each charted course
Each careful step along the byway
And more, much more than this
I did it my way

Yes there were times, I'm sure you knew
When I bit off more than I could chew
But through it all when there was doubt
I ate it up and spit it out

I faced it all and I stood tall
And did it my way

I've loved, I've laughed and cried
I've had my fill, my share of losing
And now as tears subside
I find it all so amusing

To think I did all that
And may I say, not in a shy way
Oh no, oh no, not me
I did it my way

For what is a man, what has he got?
If not himself, than he has naugth
To say the things he truly feels
And not the words of one who kneels

The record shows, I took the blows
And did it my way


Fonte: letras.terra

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Bastidores

E pela segunda vez ganhei da Rádio Cultura ingressos para ver O Baile do Baleiro. Desta vez sem convidados, Zeca e sua trupe colocou o Carioca Club pra ferver resgatando músicas de Hyldon, Guilherme, Arantes, Rita Lee e muitos outros. E para homenagear o aniversário da cidade de São Paulo também rolou "Tiro ao Álvaro" de Adoniran Barbosa e "São Paulo" de Premetidando o Breque. 

E como estamos sempre sujeitos a surpresas em nossas vidas, se o show foi bom, o melhor ainda estava por vir. Na entrada do Bar encontrei com a Erica Pinna da Rádio Cultura, que conhecia só por foto, mas que ousei soltar o famoso “eu te conheço”. Ela então me apresentou para seu amigo, o músico Dinho Nunes, irmão de Fernando Nunes, baixista da banda de Zeca.
  
Curtimos os três o show juntos e no final visitei pela primeira vez um camarim: cumprimentei os músicos, fui apresentada a todos inclusive ao grande Zeca Baleiro, e de lá sai com uma foto na câmera, a impressão do repertório que se encontrava colada na parede e que me foi dada pelo baixista Fernando, e memórias de uma das melhores experiências que vivi nos últimos tempos.












Meu Amor, Minha Flor, Minha Menina
Zeca Baleiro
Meu amor minha flor minha menina
Solidão não cura com aspirina
Tanto que eu queria o teu amor

Vem me trazer calor, fervor, fervura
Me vestir do terno da ternura
Sexo também é bom negócio
O melhor da vida é isso e ócio
Isso e ócio

Minha cara, minha Carolina
A saudade ainda vai bater no teto
Até um canalha precisa de afeto
Dor não cura com penicilina

Meu amor minha flor minha menina
Tanto que eu queria o teu amor
Tanto amor em mim como um quebranto
Tanto amor em mim, em ti nem tanto

Minha cora minha coralina
mais que um goiás de amor carrego
destino de violeiro cego

Há mais solidão no aeroporto
Que num quarto de hotel barato
Antes o atrito que o contrato

Telefone não basta ao desejo
O que mais invejo é o que não vejo
O céu é azul, o mar também

Se bem que o mar as vezes muda,
Não suporto livros de auto-ajuda
Vem me ajudar, me dá seu bem

Meu amor minha flor minha menina
Tanto que eu queria o teu amor
Tanto amor em mim como um quebranto
Tanto amor em mim, em ti nem tanto




Fonte: letras.terra

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

" São, São Paulo"


E hoje minha querida cidade completa 457 anos! Eu estou nela só há 29, mas minha vida se divide com toda sua história. E mesmo com tantos anos, ela continua jovem, moderna, "antenada", perfeita.

 

 
Como tudo tem seus altos e baixos, seus prós e contras, mas não se vive eternamente feliz em lugar algum, e mesmo não usufruindo de nem 10% de tudo que ela me oferece, posso garantir que aqui é o melhor lugar para se viver, afinal é onde eu estou hoje e onde pretendo ficar para comemorar junto com ela muitos outros aniversários.

Ela, que já foi retratada em tantos poemas e canções e homenageada de várias formas, em 1968 no Festival de Música Brasileira da TV Record teve uma canção ilustre, cantada por Tom Zé, premiada em primeiro lugar, que 43 anos depois continua super atual.

Em arquivos de jornais daquela época já se dizia que "São São Paulo,  tinha uma  letra perfeita. Uma homenagem de bom gosto a uma cidade difícil de ser cantada. A sobriedade de melodia é compensada pelo lirismo do refrão".











                   




             
          

São, São Paulo
Tom Zé

São, São Paulo meu amor
São, São Paulo quanta dor
São oito milhões de habitantes
De todo canto em ação
Que se agridem cortesmente
Morrendo a todo vapor
E amando com todo ódio
Se odeiam com todo amor
São oito milhões de habitantes
Aglomerada solidão
Por mil chaminés e carros
Caseados à prestação
Porém com todo defeito
Te carrego no meu peito
São, São Paulo
Meu amor
São, São Paulo
Quanta dor
Salvai-nos por caridade
Pecadoras invadiram
Todo centro da cidade
Armadas de rouge e batom
Dando vivas ao bom humor
Num atentado contra o pudor
A família protegida
Um palavrão reprimido
Um pregador que condena
Uma bomba por quinzena
Porém com todo defeito
Te carrego no meu peito
São, São Paulo
Meu amor
São, São Paulo
Quanta dor
Santo Antonio foi demitido
Dos Ministros de cupido
Armados da eletrônica
Casam pela TV
Crescem flores de concreto
Céu aberto ninguém vê
Em Brasília é veraneio
No Rio é banho de mar
O país todo de férias
E aqui é só trabalhar
Porém com todo defeito
Te carrego no meu peito
São, São Paulo
Meu amor
São, São Paulo


Fonte: youtube, Tom Zé-site oficial

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Leila Pinheiro e Seu Segredo Mais Sincero


E lá fui eu ao Sesc Pinheiros ver de perto Leila Pinheiro cantando as obras de Renato Russo na divulgação do CD "Meu Segredo Mais Sincero".

O show mescla momentos de emoção, como quando Leila conduz em seu piano a bela "Quando Você Voltar", além da parceria "Hoje", com direito a imagens de Renato num telão que inunda o palco, e climas pop, e porque não dizer rock, quando  totalmente entregue, ela surpreende ao cantar "Cherish" de Madonna.



Além de um dueto virtual com "La Soletudine", sucesso de Laura Pausini gravada no álbum Equilíbrio Distante segundo disco solo do cantor,  "Será", "Angra dos Reis" e tantas outras. 

E assim Leila  traz de volta à "Geração Coca Cola" dos anos 80, que "Há Tempos" não ouvia "Eduardo e Mônica", "Andréa Dória" e "Tempo Perdido", a  magia de muitas das canções eternizadas por Renato e sua Legião Urbana.










Quando Você Voltar
Legião Urbana
Composição: Renato Russo 

Vai, se você precisa ir
Não quero mais brigar esta noite
Nossas acusações infantis
E palavras mordazes que machucam tanto
Não vão levar a nada, como sempre
Vai, clareia um pouco a cabeça
Já que você não quer conversar.
Já brigamos tanto
Mas não vale a pena
Vou ficar aqui, com um bom livro ou com a TV
Sei que existe alguma coisa incomodando você
Meu amor, cuidado na estrada
E quando você voltar
Tranque o portão
Feche as janelas
Apague a luz
e saiba que te amo...


Fonte: letra.terra

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Nos vemos lá...

Mais uma série de ótimos shows que a Rede Sesc apresenta no mês de fevereiro:


ELBA RAMALHO
SESC Vila Mariana
Dia(s) 03/02, 04/02, 05/02, 06/02
Quinta, sexta, sábado às 21h, domingo às 18h

A cantora realiza lançamento do CD/DVD 'Marco Zero' gravado em Recife por ocasião de seus 30 anos de carreira. Teatro. Ingressos à venda pelo sistema INGRESSOSESC a partir das 11h do dia 25/01.



R$ 40,00 (inteira)
R$ 20,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante)
R$ 10,00 (trabalhador do comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes)


JOÃO DONATO E 
PAULA MORELEMBAUM
SESC Pompeia
Dia(s) 05/02, 06/02
Sábado às 21h. Domingo às 18h



Paula Morelenbaum canta o repertório do compositor João Donato no lançamento do CD “Água” que mistura a sonoridade acústica à eletrônica e que contou com participações e arranjos de músicos como Jaques Morelenbaum, Leo Gandelman, Beto Villares, Kassin, BossaCucaNova e banda Paraphernalia. No show, o repertório é apresentado com a voz de Paula e o piano de Donato. Teatro. 

R$ 20,00 (inteira)
R$ 10,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante)
R$ 5,00 (trabalhador do comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes)



ROBERTO MENESCAL E 
ANDY SUMMERS
SESC Pinheiros
Dia(s) 08/02, 09/02
Terça e quarta, às 21h



Lançamento nacional do DVD United Kingdom of Ipanema. No show os dois apresentam arranjos sofisticados para clássicos da bossa nova além de releituras inéditas de sucessos do grupo The Police. Menescal e Andy Summers contam com a participação especial da cantora Cris Delanno e com os músicos Adriano Giffoni, no contrabaixo, e Marcos Suzano, na percussão. Teatro Paulo Autran. Ingressos à venda pelo sistema INGRESSOSESC, a partir de 26/01/2011 às 14h.

R$ 30,00 (inteira)
R$ 15,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante)
R$ 7,50 (trabalhador do comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes)


VIRGÍNIA ROSA
SESC Belenzinho
Dia(s) 16/02, 17/02
Quarta e quinta às 21h

A cantora apresenta o show `Baita Negão´, CD lançado pelo Selo SESC, que homenageia o compositor, cantor e instrumentista Monsueto Campos de Menezes, autor de sambas clássicos como `Mora na Filosofia´ e `Me Deixa em Paz´. Teatro. Ingressos à venda a partir de 01/02 na rede INGRESSOSESC.

R$ 24,00 (inteira)
R$ 12,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante)
R$ 6,00 (trabalhador do comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes)


VÂNIA BASTOS
SESC Belenzinho
Dia(s) 23/02, 24/02
Quarta e quinta às 21h

A cantora apresenta seu mais recente trabalho, Nabocadolobo, dedicado à obra de Edu Lobo. O show tem a participação de uma banda formada por cinco músicos e consegue ter fidelidade ao som que está nas gravações. Ingressos à venda a partir de 01/02 na rede INGRESSOSESC. Teatro.

R$ 24,00 (inteira)
R$ 12,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante)
R$ 6,00 (trabalhador do comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes)


JOÃO BOSCO
SESC Pompeia
Dia(s) 19/02, 20/02, 25/02, 26/02, 27/02
Sexta e sábado às 21h. Domingo às 18h

O cantor e compositor apresenta sucessos de sua carreira como “O bêbado e a equilibrista”, “Corsário”, “Bala com bala”, “Jade”, “Papel Marchê”, além de músicas de seu mais recente CD “Não vou pro céu mas já não vivo no chão”. Teatro.


R$ 32,00 (inteira)
R$ 16,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante)
R$ 8,00 (trabalhador do comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes)




Fonte: Portal Sesc SP

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

"Posso cantar de tudo..."

Hoje Leila Pinheiro esteve nos estúdios do Radar Cultura para falar sobre seu mais novo trabalho o disco "Meu Segredo Mais Sincero", todo com letras do poeta Renato Russo. Álbum este que eu já havia citado por aqui, e que Leila conseguiu dar um toque mais do que especial para as canções eternizadas na voz de Renato.

Leila falou do pouco contato que teve com Renato, quatro ou cinco encontros somente e da oportunidade que teve de compor com ele uma única canção, da aceitação de seu trabalho pelos fãs da Legião Urbana, e do seu objetivo maior, que era "colocar a poesia de Renato Russo num outdor para que todos pudessem vê-la".


"Uma vez Renato me ligou e perguntou se eu sabia tocar bossa nova no violão. Passamos uma tarde juntos e dali saiu a composição Hoje"

"Renato tinha um processo para compor muito intuitivo (...) não tinha uma lógica, o lance dele era a poesia".



 

"Não tive nenhum receio de que a legião de fãs de Renato me recebessem mal, é uma homenagem e fiz sem nenhum comprometimento de fazer rock'n roll. Eu como eu sou homenageando o Renato Russo"




"Escolher as músicas foi uma tarefa muito difícil, são muitos discos, uma obra muito vasta. Fiz um caderno com as letras e escolhia a letra antes de ouvir a música, dormi com as canções para saber como seria a convivência com elas..."





"Eu sou uma intérprete e posso cantar tudo, eu me dou esse direito. Cair no rock'n roll, por exemplo, é uma possibilidade desde que caiba na minha voz."






"O espaço dado a MPB hoje é cada vez menor (...) a internet deu um outro curso pra isso e não vamos reverter isso nunca (...) esse caminho que se viveu não se vive mais".









Fonte: Radar Cultura

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Ela nunca se foi...

Há 29 anos atrás o Brasil entrava em choque com a notícia de que o coração de Elis Regina já não batia mais. A gaúcha de Porto Alegre que sonhava em tocar piano, e que para agradar a família começou a cantar precocemente, participando aos 11 anos de idade de um concurso mirim no Clube do Guri. 

Que depois, quando pegou gosto pela música, teve que driblar todos, pois segundo eles não seria bem vista como cantora de rádio, mas naquele momento ela queria agradar a ela mesma, não aos outros, e aos 16 já gravava seu primeiro disco. 

Àquela que veio fazer a diferença no mundo da bossa nova, carente de talentos femininos, que ganharia o I Festival de Música Popular Brasileira da TV Excelsior com a música "Arrastão" de Edu Lobo, embora ela afirmasse que a música que a levou ao estrelato tenha sido "Preciso Aprender a Ser Só" de Marcos Valle e Paulo Sergio Valle. 


Que faria parcerias inesquecíveis com Gilberto Gil, Jair Rodrigues, Milton Nascimento, Baden Powell, Tom Jobim, entre muitos outros e gravações eternas de clássicos como "Ladeira da Preguiça", "Como Nossos Pais", "Águas de Março" e mais uma infinidade de canções, todas marcadas pelo timbre forte, pelo sorriso ao cantar e pelas mãos inqueitas. 


A admiradora de grandes ídolos, amigos e parceiros de composições, que fazia questão de gravá-los, sempre preocupada se estaria ou não agradando. 

 
A mãe menina que deixou três grandes talentos: João, Pedro e Maria, para as novas gerações. Insegura e assustada que partiu jovem demais, de uma forma que até hoje gera polêmicas, querendo ter certezas e respostas, mal sabendo que mesmo com o passar dos anos nunca as encontraria.




A Elis Regina, nome dado pelo pai, que segundo ela, já sabia que seria cantora, por isso escolheu o nome certo... Que nunca se foi, pois quando eu a conheci, ela já tinha ido, mas para mim, estava apenas chegando... 


 

 

Preciso Aprender a Ser Só

Elis Regina

Composição: Marcos Valle/Paulo Sergio Valle
 
Ah, se eu te pudesse fazer entender
Sem teu amor eu não posso viver
Que sem nós dois o que resta sou eu
Eu assim tão só
E eu preciso aprender a ser só
Poder dormir sem sentir teu calor
A ver que foi só um sonho e passou

Ah, o amor
Quando é demais ao findar leva a paz
Me entreguei sem pensar
Que a saudade existe e se vem
É tão triste, vê
Meus olhos choram a falta dos teus
Esses teus olhos que foram tão meus
Por Deus entenda que assim eu não vivo
Eu morro pensando no nosso amor

Por Deus entenda que assim eu não vivo
Eu morro pensando no nosso amor
Ah o amor
Quando é demais ao findar leva a paz
Me entreguei sem pensar
Que a saudade existe e se vem
É tão triste, vê
Meus olhos choram a falta dos teus
Esses teus olhos que foram tão meus
Por Deus entenda que assim eu não vivo
Eu morro pensando no nosso amor



Fonte: letras.terra