domingo, 24 de julho de 2011

Triste fim...

Amy Winehouse é o assunto da vez, a mídia está toda voltada para a tragédia anunciada, da jovem talentosa, problemática e polêmica que aos 27 anos perdeu o controle de sua própria vida.

Histórias e homenagens a parte, o que trago aqui é um pouco do que Amy representou, ou representa pra mim...

Eu a ouvia no rádio há uns anos atrás e não sabia quem era, suas canções me remetiam as cantoras soul de décadas atrás, e eu acreditava mesmo que se tratava de alguém bem mais madura... Até que um dia me deparei com uma cena na TV: eram imagens de um show onde uma jovem se apresentava totalmente embriagada, nitidamente fora da realidade que aquele momento deveria representar para ela.

Comecei então a prestar atenção na música que ela se esforçava para lembrar a letra e eis que me choco, àquela era a voz que eu tanto ouvia, que aos poucos eu aprendia a admirar, mas que não se encaixava com àquela pessoa.

A partir dali perdi toda e qualquer motivação em continuar admirando seu trabalho, sei que pode ter sido um grande preconceito de minha parte, mas não era o tipo de ídolo que eu queria pra mim.

Amy Jade Winehouse  (14/09/1983 - 23/07/2011)

Os escândalos maiores vieram depois, e eu os acompanhava com sincero desprezo e tristeza, era o que se podia esperar... Reconheço seu talento, seu estilio único que jamais será alcançado, mas infelizmente neste mundo onde há tantos obstáculos e tentações, os fracos não sobrevivem.

O mundo chora a perda de Amy, e eu por ter certeza que ela não será a última a se perder em meio ao vício e descontrole de suas ações. É mais uma forma de entedermos o quão importante é preservarmos o que temos de mais precioso, a vida .

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Além das ondas do rádio...

Cultura Livre é um programa apresentado por Roberta Martinelli transmitido pela Rádio Cultura AM, àquela já muitas vezes citrada por aqui, que visa mostrar a contemporaneidade de nossa música de forma descontraída, com entrevistas, interatividade, bom humor e muita música.

Roberta entrevista Tiê
Mas o que acontece quando câmeras invadem o estúdios, mudam o foco e resolvem jogar todo esse conteúdo na TV? A resposta agora é dada todos os dias na TV Cultura às 20h, que desde o último 11 de julho, segunda-feira, passou a transmitir o Cultura Livre na TV, comandado pela mesma Roberta Martinelli e que mesmo com ainda só 15 minustos diários de "fama", tem mostrado que tanto no rádio quanto na TV o programa é um sucesso.

E ninguém melhor para falar sobre esta novidade do que a porta voz principal deste projeto. Para os fãs de música brasileira, de mídia, de radio e também de TV, segue aí a entrevista que Roberta Martinelli concedeu ao meu humilde Ultra Som:

Participação de Romulo Fróes no Cultura Livre
Ultra Som: Cultura Livre é um projeto seu? Como ele surgiu?
Roberta Martinelli: O Cultura Livre faz 2 anos na Rádio Cultura Brasil agora em setembro e surgiu da necessidade de mostrar o que acontecia na música brasileira atual. Chega de saudades! Já virou lugar-comum as pessoas dizerem que "não se faz mais música como antigamente" e talvez não se faça mais música do modo como se fazia, mas se faz muita música hoje e de qualidade. O projeto começa comigo, Ronaldo Evangelista (jornalista), Biancamaria Binazzi, Lívia Libâneo, Juliana Leite e Lucas Rangel. E seguiu em várias formações diferentes. A equipe atual na rádio sou eu, Lila Mesquita e Lia Machado Alvim mais a incrível equipe da TV.

Ultra Som: Cultura Livre na TV é algo há muito tempo imaginado e planejado?
R.M.: Cultura Livre na TV é algo há muito tempo sonhado, mas a realização foi muito rápida. Tudo começa com as vinhetas feitas pelo Iphone (eu + Lila Mesquita), começamos a gravar para divulgar mais os nossos convidados nas redes socias. Eduardo Brandini, gerente de multimídia da Cultura viu as vinhetas e gravamos um piloto e daí em diante foi só alegria.

Ultra Som: Além de trazer ao público televisivo a qualidade do trabalho já produzido no rádio, qual o principal objetivo deste projeto?
R.M.: A Rádio Cultura Brasil é, modéstia à parte, uma preciosidade que tem um alcance limitado por ser AM. Ouvir rádio AM é um costume quase retrô já, e poucos sabem que dá para ouvir pela internet. Além de levar o rádio para tv, a música de hoje merece um espaço cada vez maior. O Cultura Livre só existe porque a música vive uma fase de ouro e isso deve ser espalhado. Além disso a dança transmídia que acontece agora é uma delícia, é um programa de rádio com interação pela internet, televisionado e gravado por celular, uma loucura.

Ultra Som: Há uns dias li no "chatline" um comentário do tipo: "é estranho, a Roberta agora tem  que apresentar  maquiada". Além da maquiagem, o que mais mudou na apresentação do programa após o início das captações das imagens para a TV? 

R.M.: A maquiagem, o figurino, essas coisas mudam. Além disso temos luz no estúdio e câmeras (celulares). A ideia e a preocupação é que o Cultura Livre não perca a informalidade mesmo com tudo isso e acho que está rolando bem. Já tinhamos a câmera que transmite pela internet, agora tem mais gente.

Ultra Som: Como os convidados tem aceitado a novidade?
R.M.: Os convidados estão felizes com mais este espaço. É muito legal que assim como acontece na música hoje este momento colaborativo (um mesmo músico toca em várias bandas, um artista faz participações em discos e shows) também ocorre aqui. Sem eles nada disso estaria acontecendo, estamos num mesmo barco. 

Ultra Som: Para alguns o fato de ter uma câmera no estúdio já é algo que muda muito o conceito do rádio, quando muitos se contentavam em só ouvir os locutores e imaginar suas feições, agora tudo estará mais do que exposto na TV. Como você tem visto a aceitação de seus ouvintes e como espera que seja a aceitação do público em geral?
R.M: Os ouvintes que acompanham a Rádio Cultura Brasil já nos "desvendaram" faz tempo. Quando entrou a câmera com transmissão pela internet tivemos uma semana de pura diversão, experimentação...  Era uma novidade: "Nossa, agora estamos sendo vistos"! E as relações se estreitam muito no nosso "chatline", ficamos próximos, sabemos da vida uns dos outros, então o Cultura Livre na TV foi muito comemorado "Agora mais gente vai conhecer isso que a gente já conhece há tanto tempo" me parece a primeira reação dos ouvintes mais fiéis. E o público da TV ainda não sei, espero que seja tão bem recebido como no rádio.

Ultra Som: Já havia se imaginado como apresentadora de TV?
R.M: Já tinha sim, mas não que conseguiria isso com o Cultura Livre que é um projeto que eu acredito e luto muito. Isso ainda é mágico demais para mim.
  
Ultra Som: Celulares, Ipads, chat's, skype, interatividade, vem mais novidades por aí?
R.M: Nossa. Não sei. Com esta equipe toda ninguém segura...hahahaha! 

Ultra Som: Para finalizar, não poderia perder a oportunidade: Cultura Livre por Roberta Martinelli... 
R.M: Cultura Livre é hoje! É o que acontece agora! É liberdade do radinho de pilha para a TV! É o que já deveria ser há tempos!


Todas as fotos foram cedidas por Roberta Martinelli

quinta-feira, 7 de julho de 2011

O simples sempre valerá a pena!

Saudades de Cazuza - Postado originalmente em 28/11/2010 às 22h30

Esse post saiu em um mês de novembro, onde a saudade bateu mais forte, por conta de uma lembrança, um momento, uma canção. Hoje completamos 21 anos sem esta figura marcante da história da música brasileira, e acho, ou melhor, tenho certeza, que este texto merece ser repostado, para que o eterno Cazuza permaneça sempre vivo em nossas mentes...

Soa meio estranho dizer que sinto falta de alguém que mal conheci, mas a verdade é que isso acontece sempre que penso em Cazuza.

Quando partiu, em julho de 1990, eu não tinha nem nove anos de idade ainda, e a única lembrança que trago dele é de sua última aparição na TV, já bem debilitado, em uma cadeira de rodas com um lenço amarrado na cabeça.

Uma cena que marcou e que poderia me entristecer, mas não, é o meu registro de Cazuza, posso dizer que o conheci por alguns minutos, antes que ele nos deixasse para sempre, ou para quase sempre.


Afinal suas músicas continuam por aqui, mantendo sempre viva sua poesia. "O poeta não morreu, foi ao inferno e voltou..."   disse Frejat em uma de suas letras para o Barão Vermelho, banda em que o menino Cazuza iniciou carreira.

Hoje, se estivesse entre nós, Agenor de Miranda Araújo Neto, sim era esse seu nome, estaria com 52 anos, e às vezes me pergunto com que olhos ele encararia esse mundo louco que vivemos. 

Algumas respostas a gente nunca terá, e aí só nos resta ouvir sua boa música e continuar sentindo saudades.






Exagerado

Cazuza

Composição: Cazuza / Ezequiel Neves / Leoni
 
Amor da minha vida
Daqui até a eternidade
Nossos destinos
Foram traçados na maternidade

Paixão cruel desenfreada
Te trago mil rosas roubadas
Pra desculpar minhas mentiras
Minhas mancadas

Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado

Eu nunca mais vou respirar
Se você não me notar
Eu posso até morrer de fome
Se você não me amar

E por você eu largo tudo
Vou mendigar, roubar, matar
Até nas coisas mais banais
Prá mim é tudo ou nunca mais

Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado

E por você eu largo tudo
Carreira, dinheiro, canudo
Até nas coisas mais banais
Prá mim é tudo ou nunca mais

Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado

Jogado aos teus pés
Com mil rosas roubadas
Exagerado
Eu adoro um amor inventado

Fonte: letras.terra

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Jair Oliveira: 30 aos 36!

Jair Oliveira foi figura ilustre ontem no Radar Cultura, falando sobre seu novo trabalho, o álbum Sambazz, seu próximo show no Auditório Ibirapuera e as comemorações de seus 30 anos de carreira. É isso mesmo, Jair Oliveira, para alguns o ainda menino Jairzinho, começou carreira aos seis anos de idade, e tem muita história para contar.

Foi lá em 81, acompanhando o pai Jair Rodrigues, que não requer apresentações, que em meio ao acaso, Jair Oliveira fez sua primeira atuação musical. O pai havia esquecido a letra da canção "Deus Salvador" e o pegou cantarolando, e não teve dúvida, colocou o para cantar junto.




Capa do disco de Jair Rodrigues / 1981


A partir daí, não teve mais volta, mais trabalhos com o pai, a ingressão no "Balão Mágico" em 82, onde ficou por cinco anos, num sucesso que marcou época, e aos 13 anos, a certeza de que havia nascido para a música.

Em 1993 ingressou na aclamada Berklee College Of Music, "Faculdade Berklee de Música", e quando voltou ao Brasil em 1995, montou sua própria produtora "S de Samba", se juntando ao grupo cujo nomes como Max de Castro, Wilson Simoninha e Pedro Mariano estavam inclusos, dando continuidade aos passos trilhados ainda tão menino.

Desde 2000, o então cantor, compositor, arranjador e produtor, trabalha na produção de muitos lançamentos, como discos de Tom Zé, MPB4, Wilson Simoninha e sua irmã Luciana Mello e já contabiliza nove álbuns, sendo o último, o já citado Sambazz. Este que traz em sua maioria canções de sua própria autoria e como diferencial, um livro que acomapanha o CD, trazendo fotos, partituras e o registro do processo de produção de um álbum. 


 "... a gente percebe que a música faz parte do cotidiano de quase todo mundo, mas diferente do cinema, as pessoas não tem muita noção do que fazem as pessoas que trabalham nos bastidores da música."





Em 2009 Jair lançou mais um novo projeto, o CD/Livro "Grandes Pequeninos", que virou peça teatral, onde ele encenou com sua esposa, a atriz Tânia Khallil, e que traz composições feitas por ele logo após o nascimento de sua primeira filha, Isabela, todas voltadas para pais de primeira viagem.


"Quando minha filha nasceu eu comecei a cantar músicas pra ela, coisa que todo mundo faz instintivamente... Todos os momentos que eu estava com ela acabava fazendo alguma canção que vinha do fundo do meu coração, do fundo da minha alma..."




Sempre preocupado com o mercado fonográfico, inovações, retorno e contato com o público, seu disco Sambazz tem sido apresentado em forma de workshops, na grande maioria para universidades, onde há a o intuito de repassar para o público todos os caminhos da produção musical.


"Eu acho que as faculdades brasileiras deviam incentivar mais essa coisa do profissional que já está no mercado, não só na música, mas em todas as outras áreas, e trazer este profissional para perto dos alunos, do público..."





Quando perguntado sobre o papel da internet na música, Jair comentou sobre as dificuldades existentes no Brasil de acesso as novas tecnologias. Falou também sobre suas composições, o prazer de se trabalhar como produtor e a importância de todo o processo, além de cantar algumas de suas belas canções.

Em 23 de Julho, para celebrar o trigésimo ano de sua carreira, ele se apresenta no Auditório Ibirapuera, com convidados ilustres, dentre eles seu Pai Jair Rodrigues, a irmã Luciana Mello e muitos outros amigos. Dali sairá um DVD, que certamente será mais um marco na carreira deste, que acompanhando os passos do pai,  herdou não só o talento, mas principalmente a simpatia existente no DNA da família Rodrigues.

E para àqueles que quiserem acompanhar o bom bate papo de Teca Lima e Jair Oliveira, segue o link, vale para ouvir ou para bai



Ouça na íntegra o bom bate papo entre Teca Lima e Jair Oliveira: http://www.4shared.com/audio/13Fn3qJd/Entrevista_Jair_Oliveira_05_07.html


Corro Depressa

Jair Oliveira

Composição: Jair Oliveira
 
A noite corre atrás do dia
Tristeza atrás de alegria
Destino atrás de ironia
Razão atrás de poesia

O sério corre atrás do riso
Loucura atrás de um bom juízo
A morte atrás de algum aviso
Certeza atrás do impreciso

E eu também corro
Pra poder te alcançar
Por isso eu vou depressa
Corro sem socorro
Pra poder te abraçar
Por isso eu corro abeça

Se é difícil ter você
Eu já sei o que fazer
Vou correndo te buscar
Se é dificíl ter você
Eu já sei o fazer
Vou correndo te levar


Fonte: Radar Cultura, letras.terra, Jair Oliveira/Site Oficial


domingo, 3 de julho de 2011

Simplesmente Zelia Duncan

A bela voz de Zelia Duncan me faz companhia desde os bons tempos de adolescência, quando me divertia frente a TV com uma das melhores séries já exibidas. Quem não se lembra da trilha de "Confissões de Adolescente" e a tão executada "Nos Lençóis desse Reggae"? Depois, veio a belíssima versão de "Catedral", desta vez como tema da personagem de Viviane Pasmanter da novela "A Próxima Vítima". Daí por diante foram só encantamentos e um sucesso atrás do outro.



Em 2004, quando Zelia lançou o disco "Eu Me Transformo em Outras", tive a oportunidade de vê-la, e mesmo numa apresentação totalmente voltada para o novo trabalho, onde ela resgatou canções da década de 40 recriando músicas cantadas por Aracy de Almeida e Elizeth Cardoso, me lembro de como fiquei encantada com sua apresentação.

E agora, quase sete anos depois tive a oportunidade de vê-la novamente nos palcos, desta vez trazendo as canções de seu último trabalho o "Pelo Sabor do Gesto", lançado em 2009. E para a minha alegria, um pouco de seus grandes sucessos, àqueles que marcaram história e que mostra que os anos passam, e a conhecida ZD continua sendo simplesmente tão perfeita como quando a ouvi pela primeira vez há alguns anos atrás.

Pelo Sabor do Gesto

Zélia Duncan

Composição: (Alex Beaupain/ Versão: Zélia Duncan)
(A-tu déjà aimé?)

Quem já tocou o amor pelo sabor do gesto?
Sentiu na boca o som? Mordeu fundo a maçã?
Na casca, a vida vem tão doce e tão modesta
Quem se perdeu de si?

Eu já toquei o amor pelo sabor do gesto
Confesso que perdi, me diz quantos se vão?
Paixões passam por mim, amores que têm pressa
Vão se perder em si

Se o amor durou demais, bebeu nas suas veias
Seus beijos de mentira não chegam muito longe
Paixões correm por mim, são só suaves febres
Seus beijos mais gentis derretem pela neve
Pra que tocar o amor pelo sabor do gesto
Se o gosto da maçã vem sempre indigesto?
Amarga essa canção, os dias e o resto
Se perde como um grão

Mas se eu ousar amar pelo sabor do gesto
Te empresto da maçã, vai junto o coração
Esquece o que eu não fiz
Te sirvo o bom da festa
De um jeito mais feliz

Paixões correm por mim, eu sei tudo de cor
carinho sem querer me cansa e me dói

Se o amor vem pra ficar, faz tudo mais bonito
Me basta ter na mão e o corpo tem razão


Fonte: Site Isto é Gente, letras.terra

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Caminhando sempre!

Embora tenha passado um mês fora daqui, não quer dizer que eu tenha parado. Nestes período muitas coisas aconteceram, a vida que está em constante mudança nos prega algumas peças, e um turbilhão de novas ideias inundam nossa mente. E além de pensar, o que mais eu fiz? Àquilo que eu mais gosto, fui a shows...

No final de maio, Marcelo Jeneci deu o ar da graça no Sesc Belenzinbho. E bem diferente do show de lançamento do aclamdo "Feito Pra Sonhar", que vi no Sesc Vila Mariana, ainda em 2010, foi claro ver seu amadurecimento.


Desta vez numa montagem mais intimista, além da belíssima voz de Laura Lavieri, Jeneci veio acompanhado por Regis Damasceno no baixo, Estevan Sinkovitz e João Erbetta nas guitarras  e Richard Ribeiro na bateria.

A doçura e beleza das canções continuam as mesmas, a diferença é que muitas pessoas, assim como eu, passaram a admirar e acompanhar seu trabalho, e o resultado? Uma multidão de fãs com letras na ponta da língua, mostrando que o tempo transforma e que vale sempre a pena acreditar em seus sonhos e seguir sempre em frente...




Pra Sonhar

Marcelo Jeneci

Composição: Marcelo Jeneci

Quando te vi passar fiquei paralisado
Tremi até o chão como um terremoto no Japão
Um vento, um tufão
Uma batedeira sem botão
Foi assim viu
Me vi na sua mão

Perdi a hora de voltar para o trabalho
Voltei pra casa e disse adeus pra tudo que eu conquistei
Mil coisas eu deixei
Só pra te falar
Largo tudo

Se a gente se casar domingo
Na praia, no sol, no mar
Ou num navio a navegar
Num avião a decolar
Indo sem data pra voltar
Toda de branco no altar
Quem vai sorrir?
Quem vai chorar?
Ave maria, sei que há
Uma história pra sonhar
Pra sonhar

O que era sonho se tornou realidade
De pouco em pouco a gente foi erguendo o nosso próprio trem,
Nossa Jerusalém,
Nosso mundo, nosso carrossel
Vai e vem vai
E não para nunca mais

De tanto não parar a gente chegou lá
Do outro lado da montanha onde tudo começou
Quando sua voz falou:
Pra onde você quiser eu vou
Largo tudo

Se a gente se casar domingo
Na praia, no sol, no mar
Ou num navio a navegar
Num avião a decolar
Indo sem data pra voltar
Toda de branco no altar
Quem vai sorrir?
Quem vai chorar?
Ave maria, sei que há
Uma história pra contar

Domingo
Na praia, no sol, no mar
Ou num navio a navegar
Num avião a decolar
Indo sem data pra voltar
Toda de branco no altar
Quem vai sorrir?
Quem vai chorar?
Ave maria, sei que há
Uma história pra contar
Pra contar

Fonte: letras.terra