quinta-feira, 31 de março de 2011

O Samba é o seu dom!

Há alguns meses atrás fiquei encantada com Fabiana Cozza, após vê-la em uma apresentação no Centro Cultural São Paulo em uma homenagem ao centenário de Adoniran Barbosa. Desde então fiquei aguardando a oportunidade de prestigiá-la novamente, e eis que ela surgiu.




No último sábado fui a choperia do Sesc Pompeia, somente com as lembranças da bela voz e presença de palco que marcaram muito aquele primeiro dia. E então fui surpreendida com algo que ía além: muito samba, batuques e resgate de batidas africanas, com influências do candomblé, em uma apresentação que me remeteu a grande Clara Nunes.



Fabiana conduziu o público que não parou um só momento, relembrando alguns antigos sambas, ensaiando passos de samba rock e cantando seus grandes sucessos. E num dos momentos mais emocionantes ela simplesmente desceu do palco, e ao som de "Agradecer e Abraçar," um círculo foi formado para que ela representasse a sua arte.







E justamente quando sentia necessidade de momentos alegres, dançantes e descontraídos, a noite se torna perfeita, com a força e energia de Fabiana Cozza.


O Samba É Meu Dom

Fabiana Cozza

Composição : Wilson Das Neves / Paulo Cesar Pinheiro
 
O samba é meu dom
Aprendi bater samba ao compasso do meu coração
De quadra, de enredo, de roda, na palma da mão
De breque, de partido alto e o samba canção

O samba é meu dom
Aprendi dançar samba vendo samba de pé no chão
No Império Serrano a escola da minha paixão
No terreiro, na rua, no bar, gafieira e salão

O samba é meu dom
Aprendi cantar samba com quem dele fez profissão
Mário Reis, Vassourinha, Ataulfo, Ismael, Jamelão
Com Roberto Silva, Sinhô, Gonga, Ciro e João Gilberto

O samba é meu dom
Aprendi muito samba com quem sempre fez samba bom
Silas, Zinco, Aniceto, Anescar, Cachinê, Jaguarão
Zé com Fome, Herivelto, Marçal, Mirabeau, Henricão

O samba é meu dom
E no samba que eu vivo do samba que eu ganho meu pão
E é no samba que eu quero morrer de baquetas na mão
Pois quem é do samba meu nome não esquece mais não


Fonte: letra.terra

quarta-feira, 30 de março de 2011

Cauby Peixoto e Claudia

E voltando a falar do projeto do Centro Cultural São Paulo, Johnny Alf - A Bossa e Outros Tons, um dos shows que fui prestigiar foi o de Cauby Peixoto e Claudia. A ideia inicial era levar minha amiga Bruna, para ver e ouvir o grande Cauby, uma vez que ela não se conformou de não ter ido comigo ao Sesc Belenzinho.



Mas, imprevistos a parte, acabei indo sozinha, e na espera de um grande espetáculo,  me decepcionei um pouco. As vozes perfeitas de Claudia e Cauby são inquestionáveis, mas notei que ambos estavam um pouco fora de sincronia, e a ideia central, que era a homenagem a Johnny, acabou se perdendo. 

Como mestre de cerimônias, o DJ Zé Pedro, famoso por trabalhar com a apresentadora Adriane Galisteu, e que acaba de lançar seu próprio selo musical, tentou conduzir Cauby, lhe indicando as músicas que deveria cantar, e o que para alguns soou como um clima descontraído, a mim pareceu mais uma desorganização, certamente por estar tão acostumada com a quase perfeição que chegam os shows realizados pela Rede Sesc.

 
Com menos de uma hora de duração, mesmo com seus altos e baixos e independente de meu ponto critico, o show teve sua beleza, e ambos passaram o melhor ao público. E ver dois gigantes dividindo elogios e se admirando no palco foi certamente o que mais me tocou.

terça-feira, 29 de março de 2011

Um pouco de Johnny Alf

O projeto do Centro Cultural São Paulo, Johnny Alf - A Bossa e Outros Tons, reuniu no mês de março grandes nomes da música para prestar uma homenagem a Alfredo José da Silva, mais conhecido com Johnny Alf, falecido em 4 de março de 2010, aos 80 anos, vítima de um câncer.


Logo que soube das apresentações me animei, pois gostaria de ver alguns dos cantores que estariam neste projeto, mas então me peguei perguntando: "Afinal, quem foi Johnny Alf?" Confesso que só o conhecia por nome, e aos poucos fui descobrindo que também era conhecedora de algumas de suas obras...

Com uma grande importância no mundo da música, sendo mais um dos precursores da Bossa Nova, listo aqui dez tópicos importantes da biografia de Johnny Alf:


1 - Nasceu em março de 1929, e começou a estudar música aos nove anos de idade

2 - Do piano clássico, passou a admirar sons de pianistas de jazz dos Estados Unidos, como Nat King Cole, George Gershwin e Cole Porter

3 - Com alguns amigos, dentre eles João Donato o diretor de televisão e cinema Carlos Manga fundou um clube para promover intercâmbio cultural e musical entre Brasil e EUA

4 - Ganhou o apelido Johnny Alf de uma amiga norte americana, e desde então passou a adotá-lo como nome artístico

5- Na década de 50, se apresentou em diversas casas e clubes conhecidos como Sinatra-Farney Fan Club,  Cantina do César, Hotel Plaza, em Copacabana, Bottle's Bar, Boate Baiúca, Bar Michel, entre outros

6-  Suas primeiras gravações foram das canções "Falsete" de sua autoria, e "De Cigarro em Cigarro", de Luiz Bonfá, e duas de suas composições "Rapaz de Bem" e "Céu e Mar", ambas de 1953,  são consideradas precursoras dos arranjos e batidas característicos da bossa nova

7- Conciliava sua profissão de cabo do Exército com a de músico que toca na noite

8 - Tinha entre seu público nomes como João Gilberto, Tom Jobim, Carlos Lyra,  João Donato, Dolores Duran e Vinicius de Moraes 

9 - Participou do 3º Festival de Música Brasileira, da TV Record, defendendo "Eu e a Brisa", interpretada pela cantora Márcia, mas teve sua música desclassificada, mesmo assim ela tornou-se um dos maiores sucessos de sua carreira

10 - Teve 11 álbuns lançados, sendo o primeiro entitulado Johnny Alf em 1952 e o último Eu e a Bossa - 40 anos de Bossa Nova em 2001 




Eu e a Brisa

Johnny Alf

Composição : Johnny Alf
 
Ah, se a juventude que essa brisa canta
Ficasse aqui comigo mais um pouco
Eu poderia esquecer a dor
De ser tão só
Prá ser um sonho

E aí, então, quem sabe alguém chegasse
Buscando um sonho em forma de desejo
Felicidade então prá nós seria

E depois que a tarde nos trouxesse a lua
Se o amor chegasse eu não resistiria
E a madrugada acalentaria a nossa paz

Fica, oh, brisa fica, pois talvez quem sabe
O inesperado faça uma surpresa
E traga alguém que queira te escutar
E junto a mim queira ficar...



Fonte: Folha Online - Ilustrada / letras.terra

quarta-feira, 23 de março de 2011

Agende-se!

Um mês de abril recheado de ótimas atrações:

O BAILE DO SIMONAL - MAX DE CASTRO E WILSON SIMONINHA
SESC Belenzinho
Dia(s) 01/04, 02/04
Sexta e Sábado às 21h30

Concebido por Wilson Simoninha e Max de Castro, o show apresenta uma importante porção do repertório de Wilson Simonal. Entre as canções, estão sucessos como “Mustang cor de sangue”, “País tropical”, “Nem vem que não tem”, “Lobo bobo”, “A tonga da mironga do kabuletê”, “Que maravilha”, e “Aqui é o país do futebol”. Duração: 1h40. Ingressos à venda a partir de 25/03 pela rede IngressoSesc. Comedoria.

R$ 24,00
[inteira]
R$ 12,00
[usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante]
R$ 6,00
[trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes]

EDU LOBO
SESC Belenzinho
Dia(s) 01/04, 02/04, 03/04
Sexta e Sábado às 21h; Domingo às 18h

O músico leva ao palco seu mais recente trabalho "Tantas Marés", no qual apresenta composições inéditas com Paulo César Pinheiro, além de recriações de parcerias com Cacaso e Chico Buarque, como “Ciranda da bailarina” e “A história de Lily Braun”. Duração: 1h30. Ingressos à venda a partir de 25/03 pela rede IngressoSesc. Teatro. 



R$ 32,00[inteira]
R$ 16,00[usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante]
R$ 8,00[trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes]






PAULINHO DA VIOLA
SESC Pompeia
Dia(s) 07/04, 08/04,09/04, 10/04
Quinta, Sexta e Sábado às 21h; Domingo às 19h

O compositor, instrumentista e cantor volta a apresentar canções mais intimistas sem deixar de lado grandes sambas de quadra como “Peregrino”, “Quando Bate uma Saudade” e “Chega de Padecer”. A mistura perfeita de músicas de diferentes períodos, uma das marcas registradas do artista carioca, dá o tom deste novo show. Paulinho também apresenta uma banda com formação um pouco menor, dando maior destaque para os músicos Cristóvão Bastos (piano), Dininho Silva (baixo), Celsinho Silva (pandeiro), Mário Sève (sopros), Hércules (bateria) e João Rabello (violão). Teatro. 

R$ 32,00[inteira]
R$ 16,00[usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante]
R$ 8,00[trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes]

JAIR OLIVEIRA 
SESC Belenzinho
Dia(s) 09/04
Sábado às 21h30

O cantor, compositor, multi-instrumentista e arranjador apresenta seu mais recente trabalho, "Sambazz", que mescla diferentes vertentes do samba ao jazz e suas variáveis, com pitadas de soul e ‘funk setentista’. Com Jair Oliveira (voz e violão), Junior Gaz (guitarra), Erik Escobar (teclado), Bruninho Marques (bateria) e Robinho Tavares (baixo). Duração: 1h30. Ingressos à venda a partir de 25/03 pela rede IngressoSesc. Comedoria. 


R$ 24,00[inteira]
R$ 12,00[usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante]
R$ 6,00[trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes]







segunda-feira, 21 de março de 2011

Zeca Baleiro, Odair José e a Caravana do Amor...


E a convite de meu amigo Marcio Sno, juntamos a "Caravana do Amor" e fomos todos curtir Odair José no teatro do Sesc Pompeia. O show, faz parte do projeto "Salve o Compositor Popular" e visa resgatar e homenagear os grandes nomes da música da dácada de 70. 

Odair, um campeão em números de discos e grandes sucessos lançados, mas também de letras censuradas, numa época em que tudo era polêmico e proibido... 

Mas como basta a ação do tempo para as coisas mudarem, 40 anos depois seus clássicos são aclamados por seguidores de longa data, que chegam a não conter as lágrimas ao vê-lo cantar, ou mesmo novos ouvidos, como os meus, que lembram de seus sucessos tocando  na vitrola, num compacto guardado até hoje. 

Tendo Zeca Baleiro como mestre de cerimônias, Odair fez o público cantar "Que Saudade de Você", "Pare de Tomar a Pílula" e tantas outras, com direito a coro e coreografias da plateia. No palco um veterano emocionado e um admirador que busca eternizar o que há de melhor em nossa música.











A Noite Mais Linda Do Mundo

( A Felicidade )

Odair José

Vamos fazer dessa noite
A noite mais linda do mundo
Vamos viver nessa noite
A vida inteira num segundo
Felicidade
Não existe
O que existe na vida
São momentos felizes
Vamos fazer dessa noite
A noite mais linda do mundo
Vamos viver nessa noite
A vida inteira num segundo
Felicidade
Não existe
O que existe na vida
São momentos felizes
A gente pode ser feliz
Viver a vida sem sofrer
É não pensar no que vai ser, Oh!
Não me pergunte se amanhã
O nosso amor vai existir
Não me pergunte
Pois não sei


Fonte: letras.terra

quinta-feira, 17 de março de 2011

Eterna Elis!

E hoje a pimentinha Elis completaria 66 anos e em sua homenagem divulgo aqui um trabalho feito pelo meu amigo Eduardo Baptistão.

Nesta obra de 2005, ano em que Elis completaria 60 anos, ele retrata sua ideia de como seria a "vovó" Elis.




Cartomante

Elis Regina

Composição: Ivan Lins / Victor Martins
 
Nos dias de hoje é bom que se proteja
Ofereça a face pra quem quer que seja
Nos dias de hoje esteja tranqüilo
Haja o que houver pense nos seus filhos

Não ande nos bares, esqueça os amigos
Não pare nas praças, não corra perigo
Não fale do medo que temos da vida
Não ponha o dedo na nossa ferida

Nos dias de hoje não lhes dê motivo
Porque na verdade eu te quero vivo
Tenha paciência, Deus está contigo
Deus está conosco até o pescoço

Já está escrito, já está previsto
Por todas as videntes, pelas cartomantes
Tá tudo nas cartas, em todas as estrelas
No jogo dos búzios e nas profecias

Cai o rei de Espadas
Cai o rei de Ouros
Cai o rei de Paus
Cai não fica nada.(6x)



Fonte: blog baptistao.zip.net, letra.terra

Respostas...

quarta-feira, 16 de março de 2011

Paixão pelo que faz!



A cada nova apresentação dos shows que tenho ido me vejo surpreendida com o trabalho dos músicos que acompanham os cantores.  E como comentei no post anterior, o destaque desta vez vai para Reppolho, percussionista da banda de Moraes Moreira.


Com um invejável currículo, Givaldo Santos, o Reppolho, está na ativa há mais de 30 anos e já esteve ao lado de grandes nomes como Gilberto Gil, Gal Costa, Milton Nascimento, Robertinho Silva, João Bosco Nana Caymmi, Elba Ramalho, Tim Maia, Elza Soares, entre outros.


E com toda sua sua irreverência e desenvoltura, me vi por diversas vezes com a atenção totalmente voltada para àquele que brilhava no palco, responsável não só pela batida perfeita, mas também por  transmitir uma energia contagiante ao público.





segunda-feira, 14 de março de 2011

A Bahia sem idade...

Moraes Moreira é mais um daqueles que me faz companhia desde meus tempos de infância, e nada mais gratificante do que poder prestigiar àquele que é considerado como um dos pioneiros a liderar um trio elétrico.


Ao lado de grandes músicos dentre eles o irreverente Reppolho na percussão, que com seu show a parte merece até mesmo um post especial e seu filho Davi Moraes nas guitarras, o baiano lotou o Teatro Paulo Autran do Sesc Pinheiros e fez todo mundo balançar ao som de grandes clássicos como "Lá Vem o Brasil Descendo a Ladeira", "Eu Também Quero Beijar", "Pombo Correio" e muitos outros.


O show intitulado Sonhos Elétricos faz parte das comemorações de seus 41 anos de carreira, e do lançamento do livro de mesmo nome. Segunda publicação do cantor, este livro traz crônicas, cordéis, fotos e letras de músicas que relatam um pouco da história de Moraes em sua carreira solo após anos dividindo palco com os Novos Baianos.
 


Com quase duas horas de apresentação, permancer sentada foi realmente uma tarefa muito difícil, quando uma plateia em peso sentia o fervilhar do palco num pós carnaval, cheio de estilo e numa "folia" da melhor qualidade.  



Lá Vem o Brasil Descendo a Ladeira

Moraes Moreira

Composição: Pepeu Gomes/ Moraes Moreira
 
Quem desce do morro
Não morre no asfalto
Lá vem o Brasil descendo a ladeira
Na bola, no samba, na sola, no salto
Lá vem o Brasil descendo a ladeira
Na sua escola é a passista primeira
Lá vem o Brasil descendo a ladeira
No equilíbrio da lata não é brincadeira
Lá vem o Brasil descendo a ladeira

E toda cidade que andava quieta
Naquela madruga acordou mais cedo
Arriscando um verso, gritou o poeta
Respondeu o povo num samba sem medo
Enquanto a mulata em pleno movimento
Com tanta cadência descia a ladeira
A todos mostrava naquele momento
A força que tem a mulher brasileira



Fonte: letras.terra

terça-feira, 8 de março de 2011

Para ler e ouvir...

E após exatos quatro meses consegui finalizar a leitura da obra Histórias de Canções de Toquinho, de autoria de João Carlos Pecci e Wagner Homem.

Como relatei na época do lançamento, o livro traz  deliciosas histórias sobre canções de Toquinho, um dos mais importantes nomes da música brasielira.

 
Histórias essas que certamente não seriam as mesmas não fosse a ilustre presença de Vinicius de Moraes em grande parte delas. Do lançamento de "Vinicius de Moraes en la Fusa con Maria Creuza y Toquinho" em 1970 até "Um Pouco de Ilusão - Toquinho/Vinicius" em 1980, foram dez álbuns em dez anos de uma parceria que marcou época.


Não esquecendo é claro, que Toquinho também teve destaque com seus trabalhos solo, e outras importantes parcerias como Chico Buarque, Jorge Benjor e o conhecido ator, que para a minha surpresa também compunha, Gianfrancesco Guarnieri, além de muitos outros.



Seu talento foi descoberto logo cedo, e veio em decorrência de uma desilusão com o time do coração, o Corinthians. "Triste com com a derrota do time, o pequeno corintiano pegou o violão da prima, foi para um cantinho e pôs-se a descobrir o instrumento..."(Cap. 1- Pag. 13). E desde então nunca mais se viu longe do precioso instrumento que o fez ganhar rumos jamais esperados.



As composições vieram logo na sequência, declarações de amor, homenagens, melodias para poemas, desabafos e tantos outros temas foram peças chaves para se fazer este enredo tão perfeito.


Um livro que te induz não só a ler, mas a cantar, a querer ouvir e sentir toda a energia passada em cada obra criada, tornando se impossível escolher a melhor canção ou a melhor história.

E em meio a tantas belas composições me peguei questionando qual delas ilustraria este post. Foi então que decidi que nada mais justo do que a primeira obra da dupla. A música "Como Dizia o Poeta", com melodia de Toquinho, baseada num tema de Albinoni (1671-1751) e letra de Vinicius.

Lançada em 1971, num período complicado para do Brasil, onde vivia-se no medo constante da censura, mas que como relata o próprio Toquinho "... a música era harmoniosa, não tinha nada para ser censurada nem era conivente com o governo ou com o que estava acontecendo..." (Cap. 5 - Pág. 54) E foi assim que tudo começou...


 


Como Dizia o Poeta

Vinicius de Moraes

Composição: Vinicius de Moraes / Toquinho
 
Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Nao há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão



Fonte: Livro: Histórias de Cancções de Toquinho - João Carlos Pecci e Wagner Homem - Editora Leya