domingo, 31 de outubro de 2010

Deu pra ti?

Hoje li no portal G1 que a dupla Kleiton e Kledir vai abrir o show de Paul
Mc Cartney no Rio Grande do Sul. Confesso que no primeiro momento me
surpreendi com a notícia, pois me veio a pergunta: o que a música sulista de
Kleiton e Kledir tem a ver com o rock beatlemaníaco de Paul? Mas depois,
de pesquisar um pouco sobre a história da dupla me redimi, pois sem dúvida
eles merecem este espaço.

Os irmãos fazem sucesso desde a década de 70, quando, juntamente com mais
três amigos formaram a extinta banda Almôndegas, após a dissolução do grupo,
os dois seguiram carreira e foram responsáveis por apresentar para a cultura
brasileira a música gaúcha. Em suas letras o sotaque é facilmente
identificado, como os famosos "Deu pra ti" e "tri legal".

Segundo o site, os gaúchos são fãs confessos do músico e dos Beatles: em
2000, cantaram a música "Hello goodbye" no projeto Submarino Verde e
Amarelo, coproduzido por Marcelo Fróes para o canal pago Multishow.
Já em 2009, gravaram "Every night" para o projeto "Beatles 69", em
comemoração aos 40 anos do  clássico "Abbey Road".

Tive a oportunidade de ir a um show deles, em meados dos anos 90, no Sesc
Interlagos, quando a TV Cultura transmitia o programa Bem Brasil.

E depois de passada a supresa com a notícia da abertura do show, até pensei
que eles poderiam abrir os de São Paulo também, seria minha oportunidade de
revê-los, uma vez que já reservei meu ingresso para assistir Sir. Paul, mas segundo o G1, 
a organização do evento informou que para São Paulo não haverá nenhum show prévio.

Pra mim, a marca registrada da dupla é a música Paixão, que nos meus tempos
de criança ouvia e me perguntava o que seria o tal fechclair da frase, "Ah!
Esse maldito fecheclair", só depois que fui perceber que, definitivamente,
essa não era uma música para ouvidos infantis.

 

Paixão

Kleiton e Kledir

Composição: Kleiton & Kledir
 
Amo tua voz e tua cor
E teu jeito de fazer amor
Revirando os olhos e o tapete
Suspirando em falsete
Coisas que eu nem sei contar...
Ser feliz é tudo que se quer
Ah! Esse maldito fecheclair
De repente
A gente rasga a roupa
E uma febre muito louca
Faz o corpo arrepiar...
Depois do terceiro
Ou quarto copo
Tudo que vier eu topo
Tudo que vier, vem bem
Quando bebo perco o juízo
Não me responsabilizo
Nem por mim
Nem por ninguém...
Não quero ficar na tua vida
Como uma paixão mal resolvida
Dessas que a gente tem ciúme
E se encharca de perfume
Faz que tenta se matar...
Vou ficar até o fim do dia
Decorando tua geografia
E essa aventura
Em carne e osso
Deixa marcas no pescoço
Faz a gente levitar...
Tens um não sei que
De paraíso
E o corpo mais preciso
Que o mais lindo dos mortais
Tens uma beleza infinita
E a boca mais bonita
Que a minha já tocou...
Fontes: Wikipédia, G1 e letras.terra
 

sábado, 30 de outubro de 2010

Osvaldinho da Cuíca

Acho tão prazeroso quando me pego vislumbrada com coisas que para muitos são consideradas simples.
Meu mais recente estado de vislumbre aconteceu em agosto deste ano quando fui ao Centro Cultural São Paulo assistir a uma, das muitas, apresentações feitas em homenagem ao centenário de Adoniran Barbosa. Nesta, especificamente, estiveram no palco Fabiana Cozza, Osvaldinho da Cuíca e Milena. O show foi muito bom, as músicas de Adoniran são de estilo único, mas o que me chamou mesmo a atenção foi a vitalidade de Osvaldinho.
Com seus trajes de sambista da velha guarda, na plenitude de seus 70 anos, Osvaldinho entrou no palco com sua boa e velha companheira, a cuíca, tocando, gingando e sambando. Uma expressão viva de que nada é capaz de nos tirar do caminho que nos foi traçado, e de quanto vale a pena amar aquilo que fazemos.

                                                        E viva a terceira e melhor idade!

                                               E viva, mais do que nunca, Osvaldinho da Cuíca!

"Passaredo"

Hoje recebi via sedex um CD que ganhei num sorteio do programa Radar da Rádio Cultura Brasil.  A obra é de Patricia Marx e Bruno E. e tem esse mesmo nome. Pra quem não se lembra, Patricia Marx é a mesma Patricia que fez sucesso no grupo infantil Trem da Alegria na década de 80. 

Achei muito interessante ter recebido este CD hoje, justamente a data que escolhi para iniciar este novo espaço. Ouvia muito Trem da Alegria quando era criança, além dos outros ícones da época como Xuxa, Dominó, Polegar, e de repente me vejo abrindo meu blog com alguém que marcou muito minha infância e que agora lança um novo trabalho acompanhando todas as mudanças que o mercado fonográfico vem exigindo.

A voz doce de Patricia continua a mesma, mas agora está amadurecida e trabalhada. O CD é bem calmo, e gostoso de ouvir. Bruno E., seu marido na vida real, é o produtor do álbum que traz uma regravação de "Passaredo" de Chico Buarque, além da participação mais do que especial de Osvaldinho da Cuíca na música "Carnaval de Ilusão".

Vale a pena conferir!

 

 

 

Passaredo

Chico Buarque

Composição: Francis Hime e Chico Buarque
 
Ei, pintassilgo
Oi, pintaroxo
Melro, uirapuru
Ai, chega-e-vira
Engole-vento
Saíra, inhambu
Foge asa-branca
Vai, patativa
Tordo, tuju, tuim
Xô, tié-sangue
Xô, tié-fogo
Xô, rouxinol sem fim
Some, coleiro
Anda, trigueiro
Te esconde colibri
Voa, macuco
Voa, viúva
Utiariti
Bico calado
Toma cuidado
Que o homem vem aí
O homem vem aí
O homem vem aí
Ei, quero-quero
Oi, tico-tico
Anum, pardal, chapim
Xô, cotovia
Xô, ave-fria
Xô, pescador-martim
Some, rolinha
Anda, andorinha
Te esconde, bem-te-vi
Voa, bicudo
Voa, sanhaço
Vai, juriti
Bico calado
Muito cuidado
Que o homem vem aí
O homem vem aí
O homem vem aí

Fonte: letras.terra.br

É hora de começar!



Uma batida, um ritmo,
Uma melodia, doce e calma
Inunda a mente, os ouvidos, a alma
Dançar, cantar, desafinar
Somente a música é capaz de transformar
Leticia Gonçalves