terça-feira, 2 de novembro de 2010

Paixão antiga

Eu não sei dizer exatamente quando tudo começou, só sei que a música acompanha a minha vida desde que me entendo por gente. Desde as canções que só minha mãe sabia, até aquelas que tocavam na vitrola azul portátil com rádio AM que tínhamos, e que ficava pendurada na parede do quarto onde ela costurava.

Dali o que eu mais me lembro, são das vinhetas da rádio Globo, do “Oi Gente” do Eli Corrêa, que, por incrível que pareça, está no ar até hoje, e de alguns clássicos das antigas como “A festa dos insetos (a pulga e o percevejo)” de Gilliard e “A praça” de Ronnie Von. 

Depois, com a chegada do tão esperado "três em um", as fitas K7 e a FM, pude conhecer outros estilos, e aos poucos ir refinando o meu gosto musical que já passou por sertanejo, pagode, axé, pop, lambada, rock e hoje está entre pop/rock, samba e MPB.

Por volta dos meus 14 anos eu passei a fazer as famosas coletâneas em fitas K7, passava horas na frente do rádio esperando tocar aquela música tão esperada, para gravar e depois como se não bastasse, rebobinar tudo, e voltar quantas vezes fosse necessário para poder transcrever as letras.

Quando decidi pelo tema música para escrever o blog, não imaginei que iria ter tanto “pano pra manga” e tantas histórias pra contar sobre tudo e qualquer coisa que diz respeito a ela. E buscando ideias para escrever por aqui, me lembrei do meu caderno de músicas, montado especialmente para minhas transcrições. E como é sempre bom ter um “baú” de memórias, corri até minhas tralhas e o encontrei no fundo de uma caixa. 

Como meu gosto na época era bem variado, nele tem de tudo um pouco, desde clássicos como “Vitoriosa” de Ivan Lins, passando por “Estou apaixonado” de João Paulo e Daniel, e ”Meu coração é teu” de alguém chamado, Royce do Cavaco, (não me lembro de já ter gostado disso). Mas tem também, aqueles que me acompanham até hoje como Zélia Duncan, Djavan, Marisa Monte, Raul Seixas, Zé Ramalho, entre muitos outros.

Agora, o mais bacana desse caderno é a montagem que fiz na capa, que reflete perfeitamente tudo que eu gostava na época, além é claro da letra desalinhada, das palavras erradas, por não compreender o que estavam dizendo e do jeito que eu escrevia as letras, que como um amigo me disse uma vez, parecia uma carta. E principalmente a saudade daquele tempo tão especial que só quem viveu junto sabe o quanto marcou. 



Pétala

Djavan

Composição: Djavan
 
O seu amor
Reluz
Que nem riqueza
Asa do meu destino
Clareza do tino
Pétala
De estrela caindo
Bem devagar...

Oh! meu amor!
Viver
É todo sacrifício
Feito em seu nome
Quanto mais desejo
Um beijo, um beijo seu
Muito mais eu vejo
Gosto em viver
Viver!

Por ser exato
O amor não cabe em si
Por ser encantado
O amor revela-se
Por ser amor
Invade
E fim!!...(3x)

Fonte: letras.terra

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